Novos conceitos de controle da pressão arterial

23 dezembro 2013

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma das doenças mais prevalentes no mundo e no Brasil não poderia ser diferente. Por tal motivo essa área médica é profundamente estudada especialmente no nosso país sendo esclarecido mecanismos fisiológicos antes desconhecidos, descobrindo-se novas moléculas com funções hipotensoras como recentemente a alamandina descoberta em 2008 pela equipe do médico Robson dos Santos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFCG), a qual produzida pelo nosso organismo possui função de aumentar a produção de óxido nítrico (vasodilatador) produzido pelas células endoteliais dos vasos arteriais, possivelmente de forma agônica à angiotensina 1-7. ( Ver mais sobre pesquisa em http://revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/uploads/2013/05/066-067_Pressao_207.pdf )

Angiotensinas são peptídeos que fazem parte do Sistema Renina-Angiotensia-Aldosterona (SRAA), o qual é responsável pelo modulação do equilíbrio hidreletrolítico e controle da pressão arterial. No entanto, ao contrário das outras moléculas de angiotensia, a 1-7  produz vasodilatação e não vasoconstrição como forma de regulação da pressão arterial. Mas sendo o SRAA um mecanismo neuroendócrino e principal regulador fisiológico da pressão arterial sugiro a leitura do recente artigo "Sistema Renina-Angiotensia-Aldosterona e sua Modulação Farmacológica".

Boa leitura e bons estudos!

SRAA e a Síndrome Cardiometabólica

13 julho 2013

    O aumento da prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica e Obesidade tem incentivado os estudos que relacionem hipertensão e aumento do Índice de Massa Corporal (IMC). A maioria desses estudos ligam a obesidade abdominal e o distúrbio cardiometabólico com o estado inflamatório e o stress oxidativo, que conduzem ao desenvolvimento da resistência à insulina. Além disso, a hipertensão geralmente cursa paralelamente com outros fatores de risco: obesidade central, resistiência à insulina, dislipidemia e distúrbios de carboidratos, que constituem a Síndrome Cardiometabólica.

    Muitos estudos estão envolvendo a aldosterona na patogênese da síndrome cardiometabólica, mesmo que esta relação ainda não esteja bem estabelecida. As evidência apontam que existam vias genômicas e mecanismos não-genômicos nos quais a aldosterona atua no desenvolvimento da síndrome cardiometabólica.

     A importância da aldosterona nos eventos cardiovasculares também por ser observada nas novas recomendações para o tratamento do coronariopata crônico. Recomenda-se que em sobreviventes de um Infarto agudo do miocárdio e que sejam diabéticos e/ou têm fração de ejeção sistólica < 40% façam uso de inibidores da aldosterona (excluindo os casos de disfunção renal e hipercalemia importante). (IV Diretriz da SBC)